Vertebroplastia e Cifoplastia para a dor do câncer
Introdução
Vertebroplastia e Cifoplastia Percutanea são duas técnicas intervencionistas estreitamente relacionadas usadas para tratar as fraturas compressivas vertebrais dolorosas devido à malignidade ou à osteoporose. Vertebroplastia é a injeção de um corpo vertebral com cimento ortopédico, geralmente polimetilmetacrilato. Cifoplastia adiciona a colocação de balões no corpo vertebral com uma seqüência da inflação/deflação para criar uma cavidade e talvez restaurar a altura antes da injeção do cimento. Estes procedimentos são executados o mais frequentemente por via percutanea com base em paciente não hospitalizado (ou estadia curta). O mecanismo da ação é desconhecido, mas é postulado que a estabilização da fratura conduz à analgesia. O candidato ideal tem dor (não-radiante) axial severa devido as vértebras fraturadas. Idealmente, o procedimento seria executado dentro de 12 meses de desenvolvimento da fratura, embora pacientes selecionados com a cura incompleta, ou fraturas não consolidadas, podem beneficiar-se após este prazo.
Indicações
- Fraturas compressivas vertebrais dolorosas devido a tumores primários ou secundários malignos (que incluem mieloma, mama, próstata, pulmão, ou outros tumores).
- Fraturas compressivas vertebrais dolorosas devido a osteoporose num paciente com ou sem câncer.
- Hemangioma doloroso (“tumor benigno ") num corpo vertebral.
- Fraturas compressivas vertebrais dolorosas com osteonecrosis (doença de Kummel).
- Fraturas compressiva vertebrais traumáticas crônicas não consolidada.
Contra-indicações
- Fraturas compressivas vertebrais assintomáticas.
- Infecção em curso.
- Profilaxia em paciente com osteoporose.
- Coagulopatia não corrigida.
- Mielopatia devido a retropulsão comprometendo osso/canal.
- Alergia ao polimetilmetacrilato ou ao agente de opacificação.
Contra-indicações relativas
- Dor Radicular.
- Fraturas compressivas de vértebras; perda de altura superiores a 70%.
- Estenose grave de canal, retropulsão assintomática de fragmento ósseo.
- Extensão tumoral no espaço canal/ epidural.
- Falta do apoio cirúrgico.
Complicações
Os riscos do procedimento são baixos, mas complicações sérias podem ocorrer, com uma incidência de menos de 1%. Os riscos incluem compressão da medula espinal, compressão de raiz de nervo, embolismo venoso, e embolismo pulmonar (incluindo colapso cardiovascular). A relação do risco/benefício parece favorável nos pacientes que sofrem de câncer e naqueles com dor severa relacionadas com sua fratura.
Sumário
Vertebroplastia e Cifoplastia Percutanea são duas técnicas valiosas para tratar fraturas espinais dolorosas nos pacientes que sofrem de câncer. O procedimento produz alivio imediato, e significativo da dor em 80-90% dos casos, com uma taxa baixa de complicação. O leitor interessado deve dirigir-se à lista de referência abaixo para maiores informações.
Referências
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- Burton AW, Reddy SK, Shah HN, Tremont-Lukas I, Mendel E. Percutaneous vertebroplasty, a technique to treat refractory spinal pain in the setting of advanced metastatic cancer: a case series. J Pain Symptom Manage 2005;30:87– 95.
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Tradução: Dr. Carlos Maurício de Castro Costa – Presidente da SBED (2009-2010)