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Capítulo Brasileiro da Internacional Association for the Study of Pain - IASP


Disfunções Temporomandibulares (DTMs)

As Disfunções Temporomandibulares (DTMs) envolvem uma série de alterações, dolorosas ou não, na região da Articulação Temporomandibular ATM), musculatura mastigatória ou ambas. As dores por DTM, especialmente aquelas no músculo temporal (têmporas) ou na própria articulação, podem produzir uma sensação de dor na cabeça, devido à localização destas estruturas. Deve ficar claro que tal manifestação não se trata de uma cefaléia primária, ou seja aquelas de origem neurológica. No caso das dores por DTM, uma manifestação clássica é a piora das dores com o uso da mandíbula para falar, alimentar-se, entre outras.

A esmagadora maioria das DTMs de origem articular, ou seja, aquelas que envolvem as ATMs respondem de maneira satisfatória a procedimentos reversíveis e não invasivos, como o uso de dispositivos intra-orais de uso noturno, antiinflamatórios não esteroidais, cuidados caseiros e fisioterapia, quando indicada. Assim, os procedimentos cirúrgicos são reservados para uma pequena parcela das pessoas que não respondem satisfatoriamente aos procedimentos ambulatoriais e continuam com fortíssimas dores e dificuldades na alimentação.

Os travamentos do maxilar, acompanhado de dores podem representar problemas no relacionamento entre a mandíbula e o crânio, com deslocamentos do disco (menisco) articular. Normalmente este disco está interposto entre estas estruturas. Por diversos motivos, o mesmo pode deslocar-se para a frente. Tais desarranjos podem causar estalidos, travamentos e desvios na abertura bucal, acompanhado ou não de dor.

Os zumbidos representam um grande desafio para todos os profissionais da Área da Saúde. Existem centenas de possíveis causas de zumbido, sendo que pacientes com sintomas de DTM apresentam maior prevalência desse som desagradável. Deve ficar claro que a associação entre zumbido e DTM não é clara. São duas condições que talvez coexistam num grupo de pacientes suscetíveis a doenças cronificantes, com forte participação de alterações comportamentais, neurológicas e psicológicas.

Texto de Paulo Cesar Rodrigues Conti
Professor Titular da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo e presidente da Comissão de Pós-Graduação da mesma entidade, Membro do Conselho editorial da Revista Dor

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