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Capítulo Brasileiro da Internacional Association for the Study of Pain - IASP


Diferenças de Sexo e Gênero Relacionadas com a Dor Buco-facial

Dor buco-facial: prevalência e impacto

As dores buco-faciais agudas (por ex., dor de dentes, aftas) e crônicas (por ex., transtorno do músculo e a articulação temporomandibular ou dor TMJD/TMD) são condições altamente prevalentes.

A maioria das formas de dor buco-facial são mais comuns entre as mulheres do que entre os homens, e as mulheres registram um impacto maior de dor bucal.

A forma mais comum de dor buco-facial crônica é a dor TMJD, que afeta aproximadamente 10% da população.

A dor TMJD é duas vezes mais comum nas mulheres de que nos homens, e uma proporção maior de mulheres com TMJD procuram tratamento para esta condição.

A neuralgia do trigêmeo, ainda que seja menos freqüente que o TMJD, se apresenta com uma freqüência aproximadamente duas vezes maior nas mulheres que nos homens.

A síndrome da ardência bucal se produz a taxas drasticamente mais altas nas mulheres que nos homens.

Modelos experimentais de dor buco-facial

A injeção de determinados produtos químicos nos músculos masseteres (a mandíbula) de pessoas saudáveis pode produzir dor similar às informadas por pacientes com dor TMJD.

mulheres informam uma dor mais intensa, estendida e duradoura depois da injeção.

Em resposta à dor de mandíbula experimental, as mulheres mostram uma menor ativação dos receptores opióides em seu cérebro em comparação com os homens, o que sugere uma menor capacidade para modular a dor facial usando endorfinas.

A administração de estrógeno exógeno aumentou a capacidade das mulheres para ativar os receptores opióides a fim de modular a dor mandíbula experimental.

Hormônios sexuais e dor buco-facial

É mais provável que o TMJD se apresente nas mulheres durante seus anos reprodutivos; deste modo, as diferenças sexuais prevalentes são menores (ou não existem) na pré-puberdade e a menopausa.

Algumas evidências sugerem que o uso de estrógenos (por ex., anticonceptivos orais, substituição hormonal) aumenta o risco de ter TMJD.

Os sintomas de dor TMJD variam através do ciclo menstrual feminino, e tendem a diminuir durante a gravidez.

Existem outros fatores que podem impactar as diferenças sexuais no que diz respeito à dor buco-facial

Geralmente, a dor TMD crônica é co-mórbida com outras condições dolorosas, que também são mais prevalentes nas mulheres, tais como: fibromialgia, síndrome do intestino irritável e vestibulite vulvar.

Foram associados fatores psicológicos com a dor TMJD, o que inclui somatização, depressão e outros indicadores de mal estar psicológico, e as mulheres tendem a informar níveis mais altos destes fatores que os homens na população geral.

O que se deve fazer?

É necessário obter mais informação sobre as razões subjacentes às diferenças sexuais no que diz respeito à dor buco-facial.

Também deve-se determinar se as mulheres e os homens com dor buco-facial respondem de forma diferente aos distintos tratamentos.

Copyright International Association for the Study of Pain, September 2007. References available at www.iasp-pain.org

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